Elas acreditaro ou no, e como essas coisas, na maioria das vezes, contrariam as idias correntes, ser mais fcil para elas no acreditar. Por que iramos ento criar mais descrentes?
Pergunta: difcil discutir algo com algum, sem que isso esteja impregnado daquilo que ouvimos aqui. Resposta: Enquanto no se tomar fcil, no podemos fazer nada; tudo se transformar em conversa e continuar sendo conversa. S quando pudermos nos manter em silncio, conservando algo para ns mesmos, poderemos acumular mais conhecimento ou material.
Se fizermos um furo numa bola, o seu contedo escapar. Se fizermos um furo em ns mesmos, tudo tambm escapar. As regras so difceis de manter, porque, ao nos lembrarmos delas ao obedec-las, acumulamos energia consciente. Essa a principal razo pela qual so feitas as regras. No se pode descrever as regras ou fazer um catlogo delas, mas as regras podem ser compreendidas. Alm disso, o desenvolvimento emocional precisa de disciplina. Nada desenvolve tanto o centro emocional como abrir mo da obstinao.
As regras esto relacionadas com a idia de conduta. Quando nos tomarmos homens n 5, a nossa conduta se aperfeioar em comparao com o que hoje. Mas no somos homens n 5, de modo que devemos ter regras. Se nos lembrarmos das regras, as compreendermos e seguirmos, a nossa conduta ser firme e nos levar numa direo definida; no ser mais a conduta caprichosa dos homens n 1, 2 e 3.
Todos os caminhos exigem disciplina. Isso explica por que no podemos trabalhar sozinhos. No podemos criar disciplina sozinhos.
Se compreendemos esse trabalho, ento a disciplina assume a forma que no escolhemos por ns mesmos, mas trabalhamos de acordo com instrues. Leva muito tempo para adquirir vontade, pois a obstinao tem que ser conquistada em primeiro lugar. Enquanto isso, uma outra vontade necessria, a vontade da escola, da organizao.
Pergunta: No compreendo por que as regras fazem parte da segunda linha e no da terceira. Resposta: Procure pensar. No podem existir regras na primeira e terceira linhas; nelas devemos fazer o que podemos, deve haver iniciativa, o trabalho deve ser livre.
Na segunda linha, deve haver disciplina. Pergunta: O que mais importante na segunda linha: vantagem para si mesmo ou para o outro? Resposta: impossvel formular a coisa assim.
Na segunda linha, devemos ser capazes de esquecer os nossos prprios interesses, os nossos prprios gostos e antipatias. Pergunta: As perguntas feitas pelas pessoas, nas palestras, e que so teis aos outros, so a segunda linha de trabalho? Resposta: No; o trabalho outra coisa. No significa acontecimentos como esse de que a pergunta de algum d um resultado til. O trabalho significa sempre uma linha de esforos que conduza na direo de determinada meta definida.
No apenas um esforo. Um esforo no significa trabalho; mas uma linha de esforos associados, uma linha ininterrupta de esforos, s isso constitui trabalho. Pergunta: Se duas pessoa se ajudam mutuamente, isso representa a segunda linha? Resposta: No; como expliquei, na segunda linha no h nenhuma iniciativa.
Mas deve haver certa preparao para isso: devemos compreender a necessidade de trabalhar com as pessoas. Quando comearmos a compreender que fisicamente impossvel trabalhar sozinho, que apenas por causa dessas outras pessoas que podemos trabalhar, isso ser compreenso, mas ainda no a segunda linha.
Devemos compreender que as pessoas que encontramos aqui so to necessrias quanto o prprio sistema. Isso ser um comeo. Pergunta: H uma linha especial que nos ajude a evitar fazer coisas desnecessrias?
Resposta: No existe uma linha especial; todas as linhas explicadas ajudam. Devemos poder observar o que possvel. Foram dadas muitas sugestes e um dia vocs podem trabalhar melhor numa linha e outro dia numa outra linha; no h uma linha especial para todos os dias, para todo o tempo. E h a lembrana de si mesmo, tudo que se disse sobre a identificao, a considerao, as emoes negativas, o estudo do sistema, muitas coisas.
Nunca sabemos qual ser mais til num dado momento; numa oportunidade, algo ajuda, noutra, a ajuda vem de outra parte. Pergunta: Esse sistema implica submisso? Resposta: No no sentido corrente. No Quarto Caminho s um tipo especial de submisso necessrio, em certos tipos de trabalho, em algumas situaes especiais. Por exemplo, como eu disse, devemos submeter as nossas decises em assuntos relacionados com o trabalho na escola. Esse um exemplo de disciplina possvel.
E devemos nos lembrar da razo por que o estamos fazendo e o que estamos fazendo. Por exemplo, ao lembrar as regras, devemos submeter uma parte do nosso prprio julgamento e simplesmente lembrarmo-nos delas.
Por qu? Porque devemos nos dar conta de que no temos suficiente compreenso. Quando compreendermos, no haver necessidade alguma de nos lembrarmos das regras. Vem ento que submisso no quer dizer sacrifcio cego, e s necessria em relao com o trabalho de escola, no fora deste. Repito: a maneira de adquirir vontade submeter-se a certa disciplina e no tentar fugir. As pessoas usam, no trabalho, os mesmos mtodos que utilizam na vida: adaptam-se. Tentam fazer o trabalho to cmodo, ou pelo menos to pouco incmodo quanto possvel, e, dessa forma, perdem o que o trabalho pode dar.
Pergunta: No vejo por que no admissvel a adaptao no trabalho. Resposta: No podemos nos adaptar ao trabalho; temos que trabalhar com fatos concretos. A adaptao pode ser correta em certas situaes da vida, mas, no trabalho, ela sempre errada. A adaptao no um mtodo seguro. Adaptamo-nos a um modo de ser ou a um conjunto de circunstncias e, em seguida, o trabalho muda e a nossa adaptao deixa de funcionar.
Precisamos descobrir um mtodo melhor, porque nunca sabemos o que acontecer no momento seguinte. Por exemplo, sentamo-nos em nosso quarto e decidimos no nos irritar; em seguida, algo inesperado ocorre e ficamos irritados antes que possamos nos dar conta disso. Pergunta: Como podemos tornar mais efetivo esse trabalho? Percebo que ele no o que podia ser. Resposta: Ele o que , porque no somos o que poderamos ser. H determinado princpio do trabalho: o tempo conta.
Para cada pessoa so feitas certas exigncias. Se estamos h apenas alguns meses no trabalho, as exigncias so pequenas; no ms seguinte, elas aumentam; depois de seis meses elas so maiores, depois de um ano ainda maiores. Se uma pessoa no cumpre essas exigncias, no fim, a conta se torna muito pesada. Se algum considera que tem o direito de estar no nvel do primeiro ms, aps estar no trabalho alguns anos, ele no pode pagar a conta.
Pagamento significa, antes de tudo, ser capaz de cumprir exigncias. Estas crescem sempre, e, se estivermos atrasados, as coisas parecero estar abaixo do seu nvel adequado, sejam quais forem, porque ns estaremos em nvel inferior. Mas, se trabalharmos, se crescermos, estaremos no nvel das exigncias. Estou mostrando a vocs o lado pelo qual se pode abordar essa questo.
Numa organizao, muitas coisas so necessrias; antes de tudo, compreenso e esforo. Pergunta: Suponho que o cumprimento das exigncias acarreta necessariamente o abandono de algumas coisas, mas fico confuso em relao ao que abandonar.
Resposta: No se preocupe. Quando necessrio abandonar algo, isso se toma muito claro. Se no vemos o que temos que abandonar, isso quer dizer que no chegou ainda a hora de pensar nisso. Ter isso na cabea absolutamente intil, pois, quando temos que abandonar algo, isso nunca aparece na forma de uma confuso.
Talvez algum dia vejamos algum tipo especial de emoo negativa e perceberemos que, se quisermos conserv-la, no poderemos trabalhar. Ou poder ser um tipo qualquer de imaginao, ou algo dessa espcie. As coisas sempre comeam assim. Pergunta: Parece paradoxal que, tentando nos livrar de algumas leis, estejamos nos colocando sob a ao de mais leis. Resposta: Para tornar-se livre, necessrio submeter-se a muito mais leis, durante certo tempo, porque s podemos aprender a ser livres obedecendo a mais leis.
H muitas razes para isso. Uma delas que somos indulgentes demais conosco; se fixamos uma tarefa para ns, no fim de certo tempo comeamos a dar desculpas. E, alm disso, nos iludimos muitssimo. Assim, como eu disse, se as pessoas quiserem continuar a estudar, devem aceitar certas condies.
Isso quer dizer que devem tornar prtico o estudo. Se as pessoas no levam o trabalho com a necessria seriedade, ele uma perda de tempo. As pessoas tm o direito de ir embora e eu de parar as palestras, de modo que no h nenhuma obrigao de ambas as partes.
Tenho outro trabalho a fazer, mas necessrio que abra mo do meu tempo, porque a nica forma de iniciar uma escola. Se eu puder dizer: "Se eu morrer amanh, o trabalho continuar", isso significa que uma escola foi iniciada. Se ele depender inteiramente de mim, isso querer dizer que a escola no bastante vigorosa.
Pergunta: Numa escola, melhor estudar apenas a si mesmo e no os outros? Resposta: No, necessrio o estudo dos outros tambm, mas no apenas dos outros. Pergunta: Certamente mais fcil ser objetivo em relao aos outros do que a si mesmo, no? Resposta: No, mais difcil. Se nos tornamos objetivos em relao a ns, podemos ver objetivamente os outros, porque, antes disso, tudo ser colorido pelas nossas prprias opinies, atitudes, gostos, pelo que gostamos ou no gostamos.
Para sermos objetivos, temos que estar livres disso tudo. Podemos nos tornar objetivos para ns mesmos no estado de conscincia de si mesmo: essa a primeira experincia de estabelecimento de contato com os objetos reais. Pergunta: Aprende-se alguma vez a administrar choques em si mesmo a fim de trabalhar como se devia? Resposta: Se trabalharmos nas trs linhas, uma linha provocar choques em outra. Quando compreendermos, no teoricamente mas com base na observao, como uma linha ajuda outra, descobriremos.
Pergunta: O que eu quis dizer que, quando precisamos urgentemente de energia para um propsito especial, como podemos obt-la? Seria mediante um choque? Resposta: Um bom choque produz energia rapidamente. Mas os choques podem ser de trs espcies: algum pode nos dar um choque, podemos d-lo em ns mesmos ou ele pode ocorrer acidentalmente.
Nada mais pode criar energia rapidamente. Um bom choque pode nos fazer lembrar de ns mesmos e lembrar o choque. Poder ser to bom que no nos esqueceremos dele durante algum tempo; isso nos tornar mais emocionais e o centro emocional produzir energia.
Pergunta: O senhor disse que os choques podem ser acidentais? Resposta: Os choques acidentais no contam. As coisas acontecem; as pessoas acham dinheiro na rua, mas no podemos contar com isso.
Quando falamos de "dar choques", estamos nos referindo a choques conscientes. Devemos compreender como as coisas acontecem. Comeamos a fazer uma coisa e, em seguida, chegamos a um intervalo, sem sequer perceber a existncia de intervalos ou sem saber da possibilidade deles. Essa a nossa situao. Antes de chegar possibilidade de estabelecer uma meta e alcan-la, devemos compreender que isso est muito longe de ns e devemos estudar os intervalos nos exemplos dados, tais como o diagrama do alimento.
Estudando esses intervalos e os dois choques conscientes que so explicados, aprendendo a produzi-los, Na verdade, se pudssemos criar um nmero suficiente de choques necessrios, que fossem bastante fortes, no haveria praticamente nada que no pudssemos obter.
A nica coisa de que necessitamos so choques, mas no podemos cri-los. Mesmo que pensemos neles, no temos bastante confiana, no acreditamos em ns mesmos, no sabemos com certeza que esse choque produzir o efeito desejado.
Adormecemos to depressa que nenhum choque nos desperta, no nos damos conta deles. Pergunta: A percepo da mecanicidade nos permite alguma escolha nas nossas aes ou devemos esperar pela vontade?
Resposta: Eu diria que permite uma escolha. Ao mesmo tempo, errado pensar que, quando a percepo se d, j nos proporciona a possibilidade e o poder. Podemos saber e no sermos capazes de fazer nada. Do contrrio, podemos fracassar por indeciso. A idia de escolha uma idia contraditria. De um ponto de vista, no h nenhuma escolha; de outro, h. De um terceiro ponto de vista, volta a no haver escolha, e tudo verdadeiro.
Trata-se de uma idia muito complicada. Por exemplo, no trabalho h escolha, mas o trabalho est ligado vida exterior. As coisas podem se tomar to ruins que no h nenhuma escolha, e ento talvez haja um momento de escolha, mas, se o deixarmos passar despercebido, o perderemos. Pergunta: H algum modo de reconhecer esses momentos de escolha? Resposta: S tentando descobrir esses momentos no trabalho, porque esse sistema um mtodo de aquisio de um novo conhecimento e de poder e, ao mesmo tempo, um meio de exercitar esse conhecimento e poder.
Aqui, temos mais possibilidade de escolher. Se exercitarmos isso, talvez, mais tarde, possamos ento aplic-lo a outras coisas. Essa idia est relacionada com as encruzilhadas, que so momentos em que podemos "fazer". Chega um momento em que podemos servir ou no a esse trabalho. Se ele chega e o deixamos passar, durante um ano ou mais pode no vir outro, se no nos dispusermos a usar o trabalho organizado, que pode tornar as oportunidades permanentes.
Pergunta: Com referncia ao trabalho da segunda linha, ser necessrio pedir uma oportunidade? Resposta: A oportunidade dada a todos, s que um homem s no pode organizar para si mesmo o trabalho na segunda linha; ele deve ser organizado para ele. Nesse sentido, constatou-se por experincia que o trabalho fsico muito til na escola. Em algumas delas, h exerccios fsicos especiais, mas, na falta deles, o trabalho fsico ocupa o seu lugar.
Tudo isso se refere segunda linha; ela deve ser trabalho organizado. A idia esta: quando um certo nmero de pessoas trabalham juntas, na casa, no jardim, com os animais, etc. Isoladamente, elas podem trabalhar, mas juntas, difcil. Criticam-se mutuamente, interferem uma com Se uma pessoa estiver interessada na idia, poder tentar, mas s se sentir necessidade disso.
No devem pensar que se trata de um tipo de ajuda mgica. O trabalho significa ao. Teoricamente, o trabalho com outras pessoas segunda linha, mas no devemos crer que, estando na mesma sala com outras pessoas ou fazendo o mesmo trabalho, isso j segunda linha.
Ainda no sabem o que a segunda linha de trabalho. Pergunta: O senhor disse, certa vez, que o trabalho fsico a maneira de fazer os centros trabalharem de modo adequado.
O que o senhor queria dizer com isso? Resposta: O trabalho fsico - no os esportes, mas o trabalho duro, uma espcie para uma pessoa, outra para outra - pe os centros em boas condies.
Os centros esto ligados de um certo modo e as energias se distribuem de uma certa forma. Quando as pessoas esto ociosas, os centros procuram fazer o trabalho um do outro, e, por causa disso, o trabalho fsico um mtodo muito seguro para faz-los trabalhar melhor.
Esse mtodo muito usado nas escolas. Na vida moderna, sobretudo em algumas pessoas, o trabalho incorreto dos centros solapa toda a energia. Mas, naturalmente, mesmo no trabalho organizado, se trabalharmos identificados, ele no ter nenhuma significao.
Pergunta: Qual a diferena entre o trabalho fsico da vida comum e o trabalho fsico organizado de uma escola? Resposta: Trabalhar em qualquer outro lugar muito mais fcil; damos a ns mesmos a liberdade de escolher o modo de faz-lo.
Vamos supor que estamos trabalhando no nosso jardim. Faremos as coisas que gostamos de fazer e as faremos da nossa prpria maneira. Escolheremos as nossas prprias ferramentas, o nosso prprio tempo, a estao que nos convenha, e tudo mais. Dessa forma, introduziremos muito de determinao nele.
No trabalho organizado, no temos apenas resultados fsicos; temos tambm que lutar contra a nossa obstinao. O trabalho no deixa de ser perigoso por ser organizado especialmente, porque, no trabalho comum, sempre permanecer a obstinao, enquanto no trabalho de escola, ela destri tudo, e no apenas para cada um de ns, mas tambm para as outras pessoas. A obstinao sempre sabe melhor e sempre quer fazer as coisas da sua prpria maneira.
Todo trabalho organizado uma oportunidade de trabalhar contra a obstinao. Alm disso, o trabalho fsico organizado precisa de esforo emocional. Essa a razo pela qual o trabalho fsico no pode realmente ser chamado de fsico, porque emocional tambm.
Se fosse unicamente fsico, no seria proveitoso. Se no houver nenhum esforo emocional no trabalho fsico que estivermos fazendo, devemos aumentar a sua velocidade ou aumentar o tempo ou o esforo para tornlo emocional.
Procurem fazer algum trabalho fsico mais difcil e de maior durao do que quando o fazem com facilidade e vero que isso exige um esforo emocional. Da a razo por que o trabalho fsico importante. Pergunta: Que espcie de esforo emocional? Resposta: Voc ver. Estamos falando agora do trabalho fsico relacionado com o sistema; ele est subordinado a leis inteiramente diferentes; ns o fazemos com uma finalidade diferente e devemos nos lembrar por que o fazemos. Pergunta: Algumas pessoas precisam de escola e outras no?
Resposta: A escola para aqueles que esto preparados para ela. O comeo do trabalho de escola j denota uma preparao. Na escola, devemos comear uma nova oitava. Qual o dever dessa personalidade que era o centro magntico? O que se pode agora adquirir a partir dela? Avaliao do trabalho, avaliao do sistema e de tudo que se relaciona com ele.
Se a avaliao existir, essa personalidade crescer; caso contrrio, no. Pergunta: Podemos nos identificar com uma escola?
Resposta: Isso significa perd-la. Podemos nos identificar de vrias maneiras com a escola: gostando muitssimo dela, criticando-a demais ou acreditando excessivamente nela. Pergunta: A escola interfere no modo como nos comportamos fora dela?
Resposta: Em relao s escolas, as nossas aes so controladas por regras. Fora da escola, veremos que tambm necessrio utilizar certos princpios que usamos nela. Se no tentamos utiliz-los onde seja possvel, intil conhec-los. Ento - e isso no uma regra ou princpio - verificaremos que, mesmo fora da escola, se quisermos fazer uma coisa, deveremos no fazer alguma outra coisa; noutras palavras, temos que pagar por tudo, no no sentido de pegar dinheiro e pagar, mas mediante algum tipo de "sacrifcio" no gosto dessa palavra, mas no h outra.
Dessa maneira, ela abranger toda a nossa vida. Pergunta: O nmero de pessoas de uma escola depende da quantidade de conhecimento produzida? Resposta: No, depende do nmero de pessoas que tm um certo ser e que podem encarregar-se de outras, ensin-las e instru-Ias. Vocs pensam que as escolas so cogumelos num bosque; no entanto, elas so muito diferentes dos cogumelos. Uma escola o resultado de um longo trabalho. Mesmo que consideremos esta sala e ns aqui sentados falando, isso o resultado de trinta anos de trabalho realizado por muitas pessoas, e talvez outras antes delas.
Devemos levar isso em conta. Alm disso, conhecimento, no nosso sentido, significa conhecimento relacionado com a possibilidade de desenvolvimento do ser. Esse conhecimento deve provir de outra escola e deve ser valioso. Vamos supor que eu os faa aprender de cor a data de nascimento de todos os presidentes franceses; que utilidade ter isso?
No entanto, com muita freqncia, isso chamado conhecimento. Pergunta: A razo pela qual esse conhecimento no pode ser dado sem pagamento que as pessoas que o recebem sem pagar o deformaro? Resposta: Simplesmente porque o perdero, o desperdiaro, porque a avaliao depende do pagamento. No podemos ter uma avaliao justa de uma coisa pela qual no pagamos. Se ela for barata demais, no lhe daremos valor.
Esse um aspecto; outro aspecto da questo que, se damos valor a uma coisa, no a daremos a outra pessoa. O que significa avaliar?
Se compreendermos que esforo foi feito para que esse conhecimento lhe fosse dado, quantas pessoas trabalharam e durante quanto tempo, no o desperdiaremos por nada, porque, antes de tudo, no ser til queles que o receberem, e, depois, por que deveriam receb-lo em troca Seria a maior injustia. Mas isso no pode acontecer, porque elas no podem t-lo de forma alguma. Pergunta: At onde compreendo, o objetivo fundamental da escola produzir um super-homem.
Resposta: No sei nada em relao a isso de "produzir um super-homem". Isso aqui no um ninho de super-homens! Pergunta: Qual a relao que h entre a idia de escola e a ordem csmica? Resposta: Esta escola - uma escola na qual podemos estar - uma coisa muito pequena. Ela pode nos ajudar, mas uma grande presuno nossa pensar que tem uma significao csmica. Queremos ter certo conhecimento e no podemos adquiri-lo, enquanto no encontrarmos uma escola, quero dizer uma escola que tenha recebido esse conhecimento de outra escola, no o conhecimento inventado pelos homens comuns.
Essa a nica idia de que podemos comear. Pergunta: H tempos atrs, o senhor se referiu a homens de inteligncia superior, de quem esse conhecimento provm. Esses homens existem de fato e podemos reconhec-los? Resposta: No poderemos reconhec-los, se eles no quiserem ser reconhecidos.
Mas se quiserem, podero mostrar que esto num nvel diferente. Se encontrarmos homens de um nvel superior, no reconheceremos o seu ser, mas podemos reconhecer o seu conhecimento. Conhecemos os limites do nosso conhecimento, por isso podemos perceber o que algum sabe mais do que ns. Isso tudo que possvel para ns no nosso estado atual. Mas no podemos ver se outra pessoa consciente ou no, ou mais consciente do que ns.
Ela parecer a mesma coisa ou at - e isso particularmente interessante - muitas vezes ocorre que um homem que mais desenvolvido pode parecer menos consciente e nos dar a impresso de ser mais mecnico do que ns. Pergunta: As escolas existem para exercer um efeito geral nas outras pessoas ou inteiramente por seus prprios motivos?
Resposta: Eu diria que por ambos os motivos, s que no h nenhuma contradio entre as duas coisas, porque como podem as escolas exercerem uma influncia sobre as pessoas que no esto em escolas? A principal dificuldade em compreender os sistemas de escola que eles no podem se diluir excessivamente.
Se se diluem, transformam-se no seu prprio oposto, deixam de significar alguma coisa e de ter qualquer finalidade. Pergunta: As escolas no influenciaram, no passado, a humanidade? Resposta: Quando as escolas influenciavam a humanidade, esta era muito pequena e aquelas muito grandes.
Agora a humanidade muito grande e as escolas muito pequenas. Por exemplo, as escolas sob o nome dos diferentes Mistrios influenciaram certos perodos da vida da Grcia, mas este um pas muito pequeno. O Egito era tambm comparativamente pequeno, por isso podia ser influenciado. Mas como poderia essa pequena escola influenciar hoje a humanidade? Voc pergunta sem pensar. Lembro-me de que Gurdjieff dizia que duzentos homens conscientes poderiam influenciar a humanidade.
Calculamos uma vez o que isso Vamos supor que exista no mundo um homem n 7; ele pode ter pelo menos uma centena de alunos, porque ele no pode, por si mesmo, estar em contato com os nveis inferiores. Se h um homem n 7, ele deve ter pelo menos cem homens n 6. Cada um deles deve ter pelo menos uma centena de homens n 5, de modo que isso perfaz um total de dez mil homens n 5.
Cada um desses dez mil homens n 5 deve ter pelo menos uma centena de homens n 4, atravs dos quais ele pode ter contato com outras pessoas, de modo que deve haver um milho de homens n 4. Cada um desses deve ter pelo menos uma centena de homens nos 1, 2 e 3, que ele conhece e com quem pode trabalhar; de forma que isso perfar um total de cem milhes de homens nos 1, 2 e 3. A significao disso que, mesmo que suponhamos que um milhar de pessoas formem uma escola, haveria cem mil escolas.
Bem, sabemos decididamente que no h tal nmero de escolas, de modo que impossvel contar com um homem n 7, porque a existncia de um homem n 7 significaria que as escolas controlariam a vida. At mesmo o homem n 6 indicaria que as escolas controlam o mundo. Isso significa que os homens n 7 e n 6 s estariam no mundo em condies especiais e seriam vistos e conhecidos, porque significaria que a vida seria controlada pelas escolas.
E como sabemos que, se houvesse escolas hoje, elas estariam muito escondidas, isso no pode ocorrer nos nossos tempos.
Pergunta: O senhor quer dizer que o homem n 7 no pode existir neste planeta ou que no existe nas condies atuais?
Resposta: Eu no disse que ele no pode existir. Disse que podemos ter razo para pensar que no existe de fato, porque a sua existncia se revelaria. Mas isso no exclui a possibilidade de que, por alguma razo, os homens n 7 possam existir e no se revelem; s que menos provvel.
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Ouspensky h dois intervalos ou claros, entre mi e f e entre si e d. Ouspensky o pusermos em prtica, muitas coisas se abriro para ns. Ouspensky outra. Ouspensky quando certas coisas tenham mudado que um homem est efetivamente preparado para o trabalho ativo.
Ouspensky O ponto fundamental de que lhes falo a compreenso. Ouspensky pensar que este deve ser um trabalho individual. Ouspensky mais mecnicas no trabalho. Ouspensky Resposta: Sem dvida, cabe a voc. Ouspensky Na terceira linha, a nossa iniciativa aparece uma vez mais, se temos a possibilidade de fazer alguma coisa no para ns mesmos, mas para o trabalho. Ouspensky isso, so necessrias muitas condies. Ouspensky importa de que nvel ou o fato de ser boa ou m.
Ouspensky cuida desse aspecto das coisas, se no o compreende e no pensa corretamente sobre ele, priva a si mesma da possibilidade de obter o que quer. Ouspensky Pergunta: No existe nenhum controle do preo?
Ouspensky incio, pagamento significa esforo, estudo, tempo, muitas coisas. Ouspensky Resposta: No. Ouspensky Por outro lado, adquirimos mais energia, nos tomamos mais conscientes, e isso o torna, num certo sentido, mais fcil. Ouspensky Resposta: Isso no terceira linha de trabalho. Ouspensky si mesmo, mas se s pensamos nisso, nos limitamos. Ouspensky em relao ao trabalho e, mais tarde, em relao nossa prpria vida.
Ouspensky Resposta: Ele ainda no pode ser utilizado, porque, se tentarmos fazer alguma coisa com a quantidade de conhecimento que temos, o deturparemos.
Ouspensky Pergunta: O que mais importante na segunda linha: vantagem para si mesmo ou para o outro? Ouspensky Repito: a maneira de adquirir vontade submeter-se a certa disciplina e no tentar fugir.
Ouspensky Assim, como eu disse, se as pessoas quiserem continuar a estudar, devem aceitar certas condies. Ouspensky podemos chegar possibilidade de um tipo completamente distinto de choque, mas no antes disso. Ouspensky a outra, tiram coisas uma da outra. Ouspensky Pergunta: Algumas pessoas precisam de escola e outras no? Ouspensky de nada? Ouspensky poderia significar. Documentos semelhantes a o Quarto Caminho. Marcelo Almeida. Ana Claudia C. Juliana Fabiani. Claudio Ralha Santos.
Roger Monteiro. Edgar Rosa Santana. Lauro Santos. Gabriel Petri Opitz. Sergio Vieira Holtz Filho. Cristiane Neves. Mauro Rodrigues. Marcelo Augusto. Andre Alves. Holliwell Trabalhando Com a Lei Welton Rodrigues da Silva.
Maria Cristina Ibarra. Marcos Hadlich. Mas devemos nos perguntar: que tipo de homem? Se desejamos autoconhecimento, devemos almejar a liberdade. A fim de podermos aproveitar o tempo investido nessa busca, precisamos nos livrar de qualquer tipo de apego. Liberdade e seriedade. Perguntemo-nos: somos livres? No entanto, talvez baste uma chave para darmos corda em nosso mecanismo. Dentre elas, selecionamos alguns pensamentos.
Como definir a psicologia? Depois, devemos compreender que nem todos os homens podem desenvolver-se e tornar-se seres diferentes. Isso talvez possa parecer. Por que nem todos os homens podem desenvolver-se e tornar-se seres diferentes? Por que nem todos os homens podem desenvolver-se e tomar-se seres diferentes?
Perguntemo-nos, agora, o que significa um ser diferente. E encontramo-nos, de imediato, ante um fato importante. Isso deve ser compreendido com toda a clareza. Na realidade, tudo isso acontece. Muda continuamente.
Alguns andam sempre em companhia de outros. Falaremos desses grupos mais adiante. E o que quer dizer tornar-se um ser diferente? Os outros momentos, o homem simplesmente os esquece. Falaremos disso mais adiante. Pois isso pode variar muito com o crescimento interior do homem. Afaste qualquer outro pensamento. Por exemplo, um homem vai ao teatro.
Sabem apenas que aconteceram. Aparecem e desaparecem por si. Confundimos pensamentos e sentimentos em nossas maneiras habituais de ver e de falar. Os resultados, todavia, diferem inteiramente. O mais bem conhecido de Exigem um ato de vontade. Mas, antes de tudo, devem dar-se conta de que precisam dela. As escolas existem somente para aqueles que precisam delas e sabem que precisam delas. Em linguagem corrente, mentir quer, dizer deformar ou, em certos casos, dissimular a verdade ou o que se acredita ser a verdade.
A mentira preenche nossa vida toda. Antes, contudo, devemos aprender como observar. Esses aspectos necessitam de um estudo especial. Tudo o absorve.
Admiram-no o bastante? E devemos compreender em que o estudo de si pode ajudar-nos nisso.
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